DUELO DE SOMBRAS
*
ODE AO VERSO LIVRE
No princípio a poesia era uma canção regada a vinho
ao som de harpas tocadas com carinhos e beijos de mulher amada
à sombra de palmeiras frondosas
onde o poeta se deleitava com a vida sem fronteiras
e ela brincava solta pelos bosques entre os duendes
indiferente ao tempo acariciando a sua nudez
coberta de inocência
Depois veio a escrita e de palavra em palavra
foi vergando-a sob o rigor do verso
moldando-a à disciplina da métrica
e aprisionando-a à liberdade
que lhe permite esta margem de papel
E agora ela atravessa as grades das gramáticas
sobrevoa o muro das linguagens
e vem sondar-me
no ondular dos cabelos desta mulher que passa
No princípio a poesia era uma canção regada a vinho
ao som de harpas tocadas com carinhos e beijos de mulher amada
à sombra de palmeiras frondosas
onde o poeta se deleitava com a vida sem fronteiras
e ela brincava solta pelos bosques entre os duendes
indiferente ao tempo acariciando a sua nudez
coberta de inocência
Depois veio a escrita e de palavra em palavra
foi vergando-a sob o rigor do verso
moldando-a à disciplina da métrica
e aprisionando-a à liberdade
que lhe permite esta margem de papel
E agora ela atravessa as grades das gramáticas
sobrevoa o muro das linguagens
e vem sondar-me
no ondular dos cabelos desta mulher que passa
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